{"id":3510,"date":"2020-09-25T10:41:36","date_gmt":"2020-09-25T13:41:36","guid":{"rendered":"https:\/\/blogsakura.com.br\/?p=3510"},"modified":"2020-09-25T10:41:37","modified_gmt":"2020-09-25T13:41:37","slug":"shoyu-o-molho-de-soja-milenar","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blogsakura.com.br\/shoyu-o-molho-de-soja-milenar\/","title":{"rendered":"Shoyu: o molho de soja milenar"},"content":{"rendered":"\n

Conhe\u00e7a um pouco da hist\u00f3ria desse tempero capaz de conferir aroma e sabor \u00fanico aos pratos<\/em><\/p>\n\n\n\n

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O molho de soja, que conhecemos como shoyu, \u00e9 um dos temperos mais antigos do mundo. Segundo historiadores, as primeiras prepara\u00e7\u00f5es, ainda mais pastosas, foram feitas h\u00e1 mais de 3.000 anos na China e eram utilizadas para preservar os alimentos durante viagens.<\/p>\n\n\n\n

A receita ancestral teria chegado ao Jap\u00e3o no s\u00e9culo XIII, levada por um monge budista que se estabeleceu em Yuasa, na atual prov\u00edncia de Wakayama. Usando as \u00e1guas cristalinas da nascente local, ele teria come\u00e7ado a produzir ali o miss\u00f4 (pasta de soja) e o shoyu (l\u00edquido), que passou a ser feita por outras fam\u00edlias da regi\u00e3o e, depois, se popularizou em outras prov\u00edncias. Por conta dessa hist\u00f3ria, o local \u00e9 considerado o ber\u00e7o do molho de soja at\u00e9 hoje.<\/p>\n\n\n\n

A receita tradicional do shoyu leva gr\u00e3os de soja e de trigo, al\u00e9m de \u00e1gua e sal, e envolve um processo de fermenta\u00e7\u00e3o que dura seis meses. No Jap\u00e3o, fabricar shoyu \u00e9 tamb\u00e9m uma tradi\u00e7\u00e3o familiar e n\u00e3o \u00e9 raro encontrar, ainda hoje, pequenas produ\u00e7\u00f5es para consumo pr\u00f3prio que algumas pessoas mant\u00eam no quintal de suas casas.<\/p>\n\n\n\n

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Na fam\u00edlia de Suekichi Nakaya, fundador da Sakura, nunca foi diferente. Em 1932, ao desembarcar no Brasil, ele e seus familiares seguiram produzindo o pr\u00f3prio shoyu e miss\u00f4 artesanalmente. Para atender o pedido de amigos e parentes, eles foram aumentando a produ\u00e7\u00e3o aos poucos at\u00e9 que decidiram abrir a empresa em 1940.<\/p>\n\n\n\n

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Uma curiosidade: diante da escassez do trigo na \u00e9poca, o senhor Suekichi adaptou a milenar receita substituindo o trigo por milho, que era mais abundante por aqui. Criou, assim, um molho de soja livre de gl\u00faten. A produ\u00e7\u00e3o hoje, mais moderna e industrial, segue a mesma f\u00f3rmula de ingredientes, com soja e milho sem transg\u00eanicos e fermenta\u00e7\u00e3o 100% natural.<\/p>\n\n\n\n

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Se no in\u00edcio a produ\u00e7\u00e3o destinava-se \u00e0 comunidade de imigrantes japoneses e macrobi\u00f3ticos, nas d\u00e9cadas seguintes a Sakura passou a atender cada vez mais brasileiros, sobretudo a partir dos anos 90, quando o Brasil viveu o boom da culin\u00e1ria japonesa e muitos restaurantes dessa especialidade surgiram. A Sakura sente-se honrada por fazer parte dessa hist\u00f3ria, sempre presente com o shoyu e sua variada linha de produtos na cozinha e nas mesas dos restaurantes e bares e tamb\u00e9m na casa de muitos brasileiros.<\/p>\n\n\n\n

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