{"id":1995,"date":"2017-01-17T12:06:20","date_gmt":"2017-01-17T14:06:20","guid":{"rendered":"http:\/\/blogsakura.com.br\/?p=1995"},"modified":"2017-01-17T12:10:58","modified_gmt":"2017-01-17T14:10:58","slug":"bicicleta-no-japao-por-que-devemos-adotar-essa-cultura","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blogsakura.com.br\/bicicleta-no-japao-por-que-devemos-adotar-essa-cultura\/","title":{"rendered":"Bike: por que devemos adotar essa cultura?"},"content":{"rendered":"
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Ao visitar o Jap\u00e3o, o que mais pode surpreender os brasileiros n\u00e3o \u00e9 a culin\u00e1ria diferenciada ou a l\u00edngua extremamente diferente do portugu\u00eas, mas o fato de que a maioria dos japoneses usa a bicicleta como forma oficial de locomo\u00e7\u00e3o para ir ao trabalho, visitar pessoas ou somente para o lazer. Acredite se quiser, mas isso \u00e9 estranho para os brasileiros, um povo acostumado e pressionado a usar o carro no dia a dia.<\/p>\n
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Cena t\u00edpica\u00a0em T\u00f3quio.<\/em><\/p>\n <\/p>\n Conhecidas como Mamachari<\/em>, Mama<\/em> = Mam\u00e3e e Chari<\/em> = Charinko<\/em> (bicicletas da mam\u00e3e ou da vov\u00f3), em terras japonesas, o uso da bicicleta independe da idade, g\u00eanero ou o fato de ter ou n\u00e3o um carro. \u00c9 o que chamamos de \u201cCultura da Bicicleta\u201d. Basicamente, consiste na ideia de que voc\u00ea pode deixar o seu ve\u00edculo a gasolina na garagem e usar o movido a m\u00fasculos e boa disposi\u00e7\u00e3o, pois faz bem para o condicionamento f\u00edsico e para o meio ambiente. Mas existem fatores que colaboram para que o uso da bicicleta seja mais comum por l\u00e1 do que aqui.<\/p>\n <\/p>\n Por que a \u2018Terra da Tecnologia\u2019 aderiu \u00e0 bicicleta?<\/strong><\/p>\n <\/p>\n Bikes no Jap\u00e3o: comodidade e respeito ao estacionar.<\/em><\/p>\n <\/p>\n O Jap\u00e3o \u00e9 o terceiro maior pa\u00eds do mundo no n\u00famero de ciclistas, perdendo somente para Dinamarca e Holanda. Por que ela se tornou uma op\u00e7\u00e3o de transporte t\u00e3o comum para tantos japoneses? O motivo vai muito al\u00e9m de uma causa sustent\u00e1vel. Este h\u00e1bito vem de muito tempo atr\u00e1s e passou por diversas gera\u00e7\u00f5es e se manteve at\u00e9 os dias atuais. Conhecido por respeitar tradi\u00e7\u00f5es, os japoneses n\u00e3o dispensam facilmente comportamentos que ancestrais usavam.<\/p>\n Outro motivo \u00e9 o tamanho das cidades. Al\u00e9m de plana (o que facilita a locomo\u00e7\u00e3o de bikes), T\u00f3quio, por exemplo, \u00e9 uma megacidade com mais de treze milh\u00f5es de habitantes (tendo mais de 20 milh\u00f5es de pessoas na regi\u00e3o metropolitana). Usar a bicicleta \u00e9 mais do que necessidade, \u00e9 quest\u00e3o de sobreviver ao intenso caos urbano. Em trajetos relativamente curtos, pedalar \u00e9 uma \u00f3tima alternativa, apesar de o metr\u00f4 japon\u00eas ser bastante eficiente.<\/p>\n Isso acontece porque \u00e9 extremamente c\u00f4modo usar este tipo de transporte, o que faz com que dois a cada tr\u00eas japoneses o utilizem. Al\u00e9m disso, os japoneses levam a pontualidade a s\u00e9rio: imagine ficar preso no tr\u00e2nsito ca\u00f3tico de T\u00f3quio e perder alguma reuni\u00e3o importante? Fora de cogita\u00e7\u00e3o! E ainda tem o custo-benef\u00edcio. As bikes s\u00f3 gastam a energia de quem pedala, o que proporciona preju\u00edzo zero e diversas vantagens.<\/p>\n E vamos citar o tamanho colossal das cidades mais uma vez. A falta de espa\u00e7o para estacionar em T\u00f3quio \u00e9 um problema latente. Pois \u00e9, a bicicleta n\u00e3o tem o apelido de \u2018magrela\u2019 \u00e0 toa. Para este pequeno ve\u00edculo, qualquer espa\u00e7o \u00e9 vaga. Isto, levando em conta o respeito e a educa\u00e7\u00e3o que os japoneses possuem pelos ciclistas no tr\u00e2nsito ou ao ver uma bike estacionada em algum local. O n\u00famero de roubos \u00e9 praticamente zero. Claro, para tudo existe exce\u00e7\u00e3o, mas, no geral, usar a bicicleta no Jap\u00e3o \u00e9 mesmo vantajoso em todos os sentidos.<\/p>\n <\/p>\n E no Brasil?<\/strong><\/p>\n <\/p>\n Ciclovia Rio Pinheiros, em S\u00e3o Paulo – SP.<\/em><\/p>\n <\/p>\n Em S\u00e3o Paulo j\u00e1 houve a tentativa de introduzir a Cultura da Bicicleta, por\u00e9m, sem sucesso. Muito provavelmente de maneira errada, onde a \u00fanica coisa feita foi tingir ciclovias em diversas ruas e avenidas atrapalhando com\u00e9rcios e obrigando moradores a mudarem suas rotinas. Algumas delas saem de lugares estrat\u00e9gicos, por\u00e9m terminam em lugares perigosos, como no meio de avenidas, por exemplo.<\/p>\n Antes de mudar a infraestrutura da cidade \u2018for\u00e7ando\u2019 tal cultura, seriam necess\u00e1rios anos de conscientiza\u00e7\u00e3o e divulga\u00e7\u00e3o desta ideia. N\u00f3s at\u00e9 temos ciclovias bem localizadas, como a que percorre a lateral do Rio Pinheiros, mas ainda temos muito a evoluir neste assunto. \u00c9 preciso mudar a forma de se pensar, s\u00f3 assim o Brasil trocaria o poluente e desajeitado carro por um ve\u00edculo mais leve e amigo do meio ambiente. Que tal come\u00e7ar por n\u00f3s: vamos colocar a bike na rua hoje?<\/strong>