3 Jan 2017
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Oi, pessoal! Tudo bem? Como foi o réveillon de vocês? Esperamos que tenha sido espetacular. Por falar nisso, já que 2017 finalmente deu as caras, é importante lembrar que um novo ciclo também se inicia. Sim, as energias se renovam, as esperanças renascem e a nossa vontade de fazer diferente vem com ainda mais força. Chegou a hora de colocar nossos planos em prática com a experiência que aprendemos através dos nossos erros do ano passado. Preparados para viver o diferente? É hora de refletir.
Como você distingue o que é perfeito e imperfeito?
Para ajudá-los a fazer acontecer, hoje vamos falar da filosofia Wabi-Sabi: um conceito inspirador, ensinado pelos budistas japoneses, que traz uma visão de mundo completamente assertiva. Afinal, ser diferente é ser normal, não? Basicamente, consiste na aceitação de que nada dura, nada é completo e nada é perfeito. Acredite se quiser, mas isto é completamente positivo. Sabe por quê?
Porque a partir desta ideia, passamos a focar nossas atenções a atitudes e valores que realmente importam, que sejam reais, significativos. É um brinde à imperfeição das coisas, da vida como um todo. A origem do pensamento reflete a nobre verdade do Dukkha, ou Muijoy (impermanência) e surgiu nas cerimônias de chá nipônicas, onde o menos significa mais. Seria este o primórdio do minimalismo moderno? Se não for, tem tudo para ser.
O Wabi-Sabi está na apreciação das coisas imperfeitas e singelas.
A cultura oriental sempre nos ensinou que as pequenas coisas fazem uma grande diferença. Por isso, o pensamento Wabi-Sabi se tangibiliza também na estética e na forma de posicionar e organizar as coisas. A essência da filosofia está na cerâmica, nas construções, nos jardins japoneses, nas artes, e até mesmo na singularidade única de um jarro quebrado, imperfeito. Afinal, por que não poderia haver beleza em coisas que as pessoas tendem a ignorar? O Wabi-Sabi é isso. É o oposto da beleza tida como espetacular, monumental e duradoura.
Construção retratando a filosofia.
Que tal valorizar a história da porta quebrada, da xícara que, de tão usada, chegou a rachar na asa? Que tal usarmos o tempo que gastamos para chegar à perfeição, para chegar à felicidade?
Como diria Shibumi: “Simplicidade elegante. Eficácia sem esforço. Excelência subestimada. Linda imperfeição”.
Bom ano a todos!