20 Dec 2016
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Oi, pessoal!
Hô, hô, hô, o Natal é realmente uma época mágica. Tem Papai Noel, presenteamos nossos amigos e parentes, vamos às compras no shopping, preparamos uma deliciosa ceia com peru ou chester e convidamos os mais próximos para participar.
Árvore enfeitada e amigo secreto não podem faltar, e os as famosas canções natalinas, também não. Alguns vão à igreja. E tem aqueles que nem comemoram a data, mas que adoram o feriado. Assim é o Natal que estamos acostumados aqui no Brasil.
Mas, e em outros países? Será que o costume muda muito? Vamos descobrir juntos!
Natal na Noruega
“Jul i Norge”.
Os vizinhos do bom velhinho comemoram o Natal de uma maneira bem parecida com a nossa. Porém, uma das coisas que chama a atenção por lá é o Pinnekjøtt (carne na madeira), um prato típico do Natal norueguês e bastante consumido no país.
Na preparação, usa-se a carne das costelas de carneiro, colocada no forno em cima de pedaços de Bjørk-ter, uma árvore típica e cozida inteiramente no vapor. Com um sabor salgado, lembra a carne seca brasileira da região nordeste.
O Pinnekjøtt, feito com carne de carneiro.
Quem não come carne de carneiro come costelas de porco preparadas de maneira parecida. Já o Papai Noel norueguês é bem parecido com o que temos aqui, com barba branca e barriga rechonchuda.
Fazendo a vez dos anões, por lá existem os fjøsnissen, gnomos que vivem nas flores e pregam peças nas pessoas caso não sejam alimentados. Para evitar tal surpresa, dois dias antes do Natal, os pais ajudam as crianças a prepararem um doce chamado grøtt, e deixa o prato na porta ou na varanda de casa.
Além disso, o Natal norueguês tem tudo o que sempre queremos ver na época: neve, casas enfeitadas, árvores natalinas e muita festa.
O “Natal” de Israel
Crianças celebrando o “Hanukkah”.
Por se tratar de um país judaico, Israel não possui comemoração oficial da data, mas existem derivações interessantes. Nesta época, em Israel, é comemorado o Hanukkah, que significa “Festa das Luzes” em hebraico e relembra a vitória do povo judeu ocorrida há mais de dois mil anos.
A festa começa no 25º do mês judaico de Kislev, e dura cerca de oito noites, integrando o nosso Natal e Ano Novo. Entre os comes e bebes do Hanukah, estão as panquecas de batata, bolinhos fritos no azeite e sucos naturais, alimentos autorizados e muitas vezes preparados pelos rabinos da religião judaica.
Desembrulhar presentes? Que nada. Na época as crianças recebem dinheiro dos pais. Shalom!
Natal francês
A França é um dos países com forte tradição natalina.
Na França existe um costume curioso, porém, que deveria ser copiado por todos os países do mundo. No dia de Natal, as famílias costumam visitar os inimigos para fazerem as pazes e esquecer as mágoas do passado. De quebra, caso o pedido seja aceito, a ceia é feita com todos os membros na casa do ex-inimigo.
Entre as tradições está a mesa bem farta e decorada, com música ao fundo, vinho, presentes, árvore e bons vinhos, é claro. Diferentemente do Brasil, a ceia na França é composta por ostras, foie gras, escargots e salmão defumado. Um requinte atrás do outro, ulalá!
Claro, o prato principal não pode deixar de ser o peru assado recheado de outros ingredientes, porém acompanhado de castanhas cozidas. Que delícia! E que tal flambar a ave com cognac antes de inserir o recheio? Bem-vindo à França.
Natal na Rússia
O Natal da Rússia é coberto de muita, muita neve.
A Igreja Ortodoxa é dominante no país, por isso, o Natal russo é comemorado de acordo com o calendário juliano, cerca de 13 dias depois da data do gregoriano. Entretanto, há alguns séculos não havia essa diferenciação, pois as cerimônias natalinas dependiam do solstício de inverno no hemisfério norte.
O que acontece é que, na antiguidade, os eslavos possuíam tradições relacionadas aos cultos pagãos ao Sol, que depois foram assimilados ao Natal. Devido a isso, até hoje existem muitas superstições da época na Rússia.
Por exemplo, jejuar na véspera até o surgimento da primeira estrela do céu, referência direta à estrela de Belém, ou identificar através dos fenômenos da natureza o futuro das plantações e a temperatura das estações do ano.
As celebrações litúrgicas começam na noite da véspera e se estendem até a manhã de Natal com muitos festejos: mesas lotadas de iguarias natalinas e, claro, vodka! Como chamado em russo (sviatki), o festejo se prolonga por até doze dias sem pausa. Pozdrevlyayu s prazdnikom Rozhdestva is Novim Godom (Feliz Natal)!
Natal australiano
O Natal australiano não é tão diferente do brasileiro.
Nada de neve! Uma coisa é certa: o Natal na Austrália tem o clima parecido com o do Brasil, com temperaturas acima dos 30°C. Isso significa que todas as tradições ligadas ao frio são inexistentes por lá. A neve dá lugar à areia da praia e o calor da lareira é substituído pelos naturais raios solares.
Nesta época acontecem diversos festivais ligados ao Natal, com luzes, corais, apresentações e show pirotécnicos, muitas vezes na praia, e com a presença do bom velhinho vestido de roupas de banho. Porém ele não vem de trenó, mas de barco ou carregando uma prancha de surf.
Que tal correr na praia vestido assim?
As ruas também ficam enfeitadas e bastante iluminadas, principalmente em Melbourne (a prefeitura exibe projeções maravilhosas). As pessoas costumam se reunir com amigos e famílias em espaços públicos devido ao calorão para fazer picnics. O sol nesta época marca presença até às 20h em vários locais.
Antes do Natal, tudo ocorre normalmente. Não há recessos no trabalho e as crianças vão à escola. As comemorações começam no dia 25 com ceia e reuniões em família. O cardápio do jantar varia entre perus, lombos e aves diversas. Pela cultura marítima, algumas pessoas trocam a carne vermelha por frutos-do-mar.
E então, o que achou destes costumes tão diferentes? Deixe nos comentários a sua opinião. Nos vemos na quinta-feira com uma receita que você vai adorar.
Feliz Natal!